2.200 MIL BELORIZONTINOS SEM METRÔ!

Felizes conterrâneos e habitantes da Belo Horizonte dos anos dos bondes e trólebus, que utilizaram esses veículos de 1902 a 1963 quando foram totalmente erradicadas as linhas do sistema de transporte coletivo. Mineiro não perde o trem, mas o mineiro da capital das minas perdeu o bonde, o trólebus e o metrô. Perdeu o transporte que não poluia o ar, que não fazia barulho, que não engarrafava, que não buzinava alucinadamente, que não atropelava, porque só andava na linha. Felizes sim, porque existia uma certa harmonia nas formas de transitar na capital. Não me venham com o discurso de que a modernidade exigiu novas tecnologias de transporte porque, na verdade, essas inovações tornaram pior a vida do trafegar em BH. Que tivessem sido preservadas as áreas onde o bonde ou o trólebus pudesse continuar a servir a população de maneira ecologicamente correta, preservando a cultura, o romantismo, o jeito mineiro de ser. Mas "...a força da grana que ergue e destrói coisas belas..." imperou nas decisões de nosso trânsito e, ao chegarmos aos 113 anos de fundação de nossa cidade, que iremos comemorar no dia 12 de dezembro, não podemos aceitar, conceber e passivamente concordar com a limitação de nosso transporte coletivo reduzido ao ônibus. Uma população de mais de 2 milhões de habitantes não pode admitir esse atraso e esse descaso público. O belorizontino não pode perder o trem da história.

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