EPIDEMIA DO CELULAR VIII O PEDESTRE AO TELEFONE
Cena cotidiana nas vias urbanas, nos deparamos a todo instante com pedestres por todos os lados, utilizando o telefone celular nas travessias das ruas e avenidas. O curioso é que parece que eles estão de uns tempos para cá, entendendo que a faixa de travessia é o lugar mais seguro para poderem falar aos seus celulares sem se preocupar com o veículo que se aproxima. Afinal, disseram para eles que a preferência na faixa é do pedestre, mas não disseram que nas faixas de travessia quando existe o semáforo para pedestres as cores vermelhas simbolizam que eles não podem atravessar e que devem esperar o sinal abrir. E não disseram também que o uso do celular em deslocamento, seja à pé ou dirigindo qualquer veículo é incompatível com o senso de direção e locomoção. Não pensem que nos passeios os transeuntes conseguem se locomover com o telefone celular aos ouvidos (a cada passo eles trocam o aparelho de ouvido) sem obstruir o transitar das pessoas ou sem colidir com várias delas em um único quarteirão. A todo instante as pessoas xingam e reclamam dos distraídos. Os tempos da modernidade tecnológica não prepararam as pessoas para a adaptação e o uso correto e seguro de seus aparelhos. O telefone celular está ganhando um status de objeto que exerce um poder de congelar tudo ao redor para priorizar a conversação ao aparelho. No entendimento desses usuários, o mundo tem que esperar quando eles estão utilizando o aparelhinho. No aglomerado urbano de pessoas em trânsito, surge mais um componente de conflito e desordem, pelo seu mal uso e pela falta de educação. Que saudade do orelhão.
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