CAMPANHAS QUE VÊM E QUE VÃO
Estamos chegando ao final de mais um ano da campanha de educação de trânsito do DENATRAN, que foi direcionada à segurança e a prioridade ao PEDESTRE.
Entre 2000 e 2010, mais de 107 mil pessoas morreram por atropelamento no Brasil. Imaginem se conseguíssemos demonstrar o número de pessoas feridas e incapacitadas por atropelamento.
O número de mortes em atropelamento no Brasil varia entre 6.303 e 8.522. Um número muito alto para nossa população e frota de veículos. Os EUA, com uma população bem maior que a nossa - 300 milhões e 180 milhões, respectivamente, e frota mais de cinco vezes maior do que a brasileira, registra menos de 5.000 pedestres mortos em atropelamentos, correspondendo a, aproximadamente, 10% do total de mortes.
Continuamos colhendo números infelizes e fatídicos, sem que efetivamente nenhum projeto abrangente e de caráter nacional tenha sido implantado de maneira definitiva.
Em nossas capitais, iniciativas isoladas, como sempre acontecem, avançaram timidamente.
O nosso pedestre ainda não deu o devido valor ao que representa a faixa de travessia, e passeia, ao invés de atravessá-la, como se aquele tempo pertencesse a ele, tão somente, em meio a todo o fervor da agitação urbana. Faz dela, a faixa de travessia, uma passarela de vaidades, sustentando aos ouvidos, o celular que expressa a sua capacidade interativa com o mundo!
Por outro lado, o motorista avança sobre ela como se a detestasse, por impedir seu trajeto e ceder ao pedestre a prioridade para ocupar aquele espaço de rua.
O conflito de interesses, a falta de bom senso, de compreensão do que representa aquela sinalização, a falta de educação e de convívio coletivo, tornam a faixa de pedestre um verdadeiro ringue de UFC, onde a força bruta tenta impor sua vontade, em detrimento dos mais fracos e despreparados.
A campanha que priorizou o pedestre, durante um ano, será trocada agora em setembro por outro tema, que propõe a cada um de nós ser a mudança no trânsito.
Que a nossa consciência nos permita adotar essa atitude.
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