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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

ADOECENDO DENTRO DO MEU CARRO parte II

O ambiente externo é por demais ofensivo, ameaçador, temido por aqueles motoristas mais sensíveis ao contato brusco e selvagem dos outros que não se intimidam pelas regras e normas de trânsito. Lugar habitado por pessoas prontas à agressão verbal e física, como aqueles filmes de zumbis que saem em bandos, desordenada e loucamente, em busca de alguma vítima que satisfaça sua fome. Dai o porque da maioria dos veículos transitarem com seus vidros escuros e fechados, escondendo os motoristas acuados em seus bancos, assustados.  Sair de carro hoje em dia é como receber uma proposta para assistir a um filme de terror. Se você tem medo desse estilo, melhor não arriscar. As ruas estão repletas de figuras fantasmagóricas de toda espécie. Desde o mais distraído pedestre que atravessa a faixa com o sinal fechado para ele, como que um anjo nas nuvens, com o seu fone nos ouvidos, até o motorista assassino, lembrando o tubarão daquele filme que perseguia os banhistas numa praia tranquila de águ

ADOECENDO DENTRO DO MEU CARRO parte I

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O trânsito dos nossos dias alcançou um estágio de estresse semelhante ao momento em que um vulcão começa a dar os sinais de sua erupção. Não tem como impedir que aquela profusão de matéria incandescente seja expelida com toda força para o alto! E sairá até que se esgote todo o volume de magma que tiver que sair. Em nosso dia a dia, o mesmo acontece com as ruas e avenidas de nossas cidades. A todo momento, uma profusão de veículos e pessoas se aglutinam, convergindo emoções de toda ordem e natureza, conflitando interesses, vontades e regras. Nada está sob controle. Nessa confluência de reações das mais diversas naturezas, um choque de irritações, agressões, intolerâncias, impaciências e divergências é expelido pelos ares, transformando o ambiente do trânsito num verdadeiro vulcão urbano, de impacto e destruição poderosíssimos, afetando a todos que transitam e fazem parte da comunidade do trânsito. Não são ondas de calor, não são lavas em brasa que se espalham nas vias urbanas que