ADOECENDO DENTRO DO MEU CARRO parte I
O trânsito dos nossos dias alcançou um estágio de estresse semelhante ao momento em que um vulcão começa a dar os sinais de sua erupção. Não tem como impedir que aquela profusão de matéria incandescente seja expelida com toda força para o alto! E sairá até que se esgote todo o volume de magma que tiver que sair.
Em nosso dia a dia, o mesmo acontece com as ruas e avenidas de nossas cidades. A todo momento, uma profusão de veículos e pessoas se aglutinam, convergindo emoções de toda ordem e natureza, conflitando interesses, vontades e regras. Nada está sob controle.
Nessa confluência de reações das mais diversas naturezas, um choque de irritações, agressões, intolerâncias, impaciências e divergências é expelido pelos ares, transformando o ambiente do trânsito num verdadeiro vulcão urbano, de impacto e destruição poderosíssimos, afetando a todos que transitam e fazem parte da comunidade do trânsito.
Não são ondas de calor, não são lavas em brasa que se espalham nas vias urbanas queimando tudo no seu caminho. Pior do que isso, são sentimentos ruins, negativos, inquietantes, perturbadores e prejudiciais para nossa saúde mental e física, que no dia a dia, silenciosamente vão tomando conta do nosso estado de humor e nos tornando cada vez mais frágeis para enfrentar os desafios que nos cercam...
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