ANDAR DE METRÔ
UM SONHO DE CRIANÇA
Todos nós temos um sonho de criança que fica em nossa lembrança. Crescemos, nos tornamos adultos, mas a vida reserva à maioria dos humanos, um desejo inacabado, interrompido, não realizado, especialmente em nossa infância, momento fértil de nossa imaginação onde tudo é possível.
Em cada etapa da vida, um conjunto desses desejos se apresenta, solicitando satisfação, nossa busca, nossa irracionalidade, nosso instinto animal.
Quando ainda pequeninos, não nos conformamos com a falta. Gritamos, berramos, nos esperneamos para conseguir a qualquer preço a satisfação de nossa vontade.
Já mais crescidos, começamos a aprender a renunciar a tudo isso. Ficamos emburrados, carrancudos, nos isolamos no canto de nosso quarto. Nossa adolescência tenta retomar nossas reivindicações com uma grande dose de rebeldia e agressividade. Mas o tempo, silencioso, amaina nossos ímpetos mais fervorosos e, ao chegar da adultice, nos utilizamos da racionalização de nossas idéias para encerrar nossas buscas.
Hoje, no ano 2010 do século 21, já formamos em nossa sociedade a geração de indivíduos que sonharam um dia quando crianças, andar de metrô.
Aqui, em nossa capital das gerais, onde nossa história registra a presença de nossos trilhos de estradas ziguezagueando nossas montanhas de ferro e, de nossos vagões de fumaça apitando ao longe, o asfalto roubou nossa fantasia e interrompe até hoje, meu desejo de andar de metrô.
UM SONHO DE CRIANÇA
Todos nós temos um sonho de criança que fica em nossa lembrança. Crescemos, nos tornamos adultos, mas a vida reserva à maioria dos humanos, um desejo inacabado, interrompido, não realizado, especialmente em nossa infância, momento fértil de nossa imaginação onde tudo é possível.
Em cada etapa da vida, um conjunto desses desejos se apresenta, solicitando satisfação, nossa busca, nossa irracionalidade, nosso instinto animal.
Quando ainda pequeninos, não nos conformamos com a falta. Gritamos, berramos, nos esperneamos para conseguir a qualquer preço a satisfação de nossa vontade.
Já mais crescidos, começamos a aprender a renunciar a tudo isso. Ficamos emburrados, carrancudos, nos isolamos no canto de nosso quarto. Nossa adolescência tenta retomar nossas reivindicações com uma grande dose de rebeldia e agressividade. Mas o tempo, silencioso, amaina nossos ímpetos mais fervorosos e, ao chegar da adultice, nos utilizamos da racionalização de nossas idéias para encerrar nossas buscas.
Hoje, no ano 2010 do século 21, já formamos em nossa sociedade a geração de indivíduos que sonharam um dia quando crianças, andar de metrô.
Aqui, em nossa capital das gerais, onde nossa história registra a presença de nossos trilhos de estradas ziguezagueando nossas montanhas de ferro e, de nossos vagões de fumaça apitando ao longe, o asfalto roubou nossa fantasia e interrompe até hoje, meu desejo de andar de metrô.
Realmente muito interessante olharmos a questão do metrô em nossa capital sob essa ótica. Belo texto, sensível e inteligente !
ResponderExcluirParabéns Marcelo !
Juliano Pereira.