VOCE VAI MORRER NO TRÂNSITO?
VOCÊ VAI MORRER NO TRÂNSITO (?)
Se essa pergunta, ou essa afirmação, fosse feita há apenas uns 20 anos atrás, provocaria até risadas na comunidade do trânsito (entenda comunidade como todas as pessoas que estejam transitando em qualquer lugar da cidade, em qualquer tempo, de alguma forma).
Seria absurdo admitir a idéia de que, no trânsito, alguém imaginasse morrer. Ser atropelado nem tanto, mas também seria inadmissível!
Acostumamos, a saber, de notícias de acidentes no trânsito que ocorrem nas estradas, nas rodovias, bem longe de nosso espaço cotidiano e, por esse motivo, entendemos que essas situações estão bem longe de nós, pertencem aos noticiários de televisão, de rádio e jornal.
Em nosso inconsciente, formamos uma idéia imaginária de que jamais isso acontecerá conosco.
Mas os acidentes estão se aproximando do nosso dia a dia, da cidade onde moramos, das avenidas e ruas de nosso bairro.
Hoje, sabemos de acidentes sem a necessidade de nenhum veículo de informação noticiar porque eles estão acontecendo com nossos parentes, amigos, conhecidos.
Nossos hospitais estão superlotados de pessoas acidentadas. Muitas delas não terão a chance de voltar a ter uma vida como antes. Muitas delas irão chorar e lamentar suas fatalidades para o resto de suas vidas.
Existe em nosso tempo, agora, uma sensação de que alguma coisa está errada no nosso trânsito, em nosso país. Não é possível que tantos acidentes, de todas as naturezas, nas rodovias e nos centros urbanos, estejam acontecendo com tamanha incidência. Não é possível que tantas pessoas se acidentem com tão assustadora freqüência. Alguma coisa tem que justificar essas fatalidades, pois elas certamente estão ligadas a algum fator desencadeador dessas tragédias.
E, então, começamos a fazer uma reflexão sobre tudo que norteia as relações do trânsito no Brasil. E começamos pelas instituições que têm a responsabilidade de certificar motoristas. É de conhecimento de todos, e aqui não existe mais a necessidade de elaborar nenhuma denúncia, que as instituições ditas “educadoras”, de “formação” de motoristas estão corrompidas por ações escusas de aprovação de habilitação, de comum acordo com os órgãos que emitem as carteiras de motoristas. Quem já não ouviu alguém dizer que fulano “conseguiu uma carteira de motorista”, “pagou R$700,00 para conseguir uma carteira de motorista”.
Existem pessoas inocentes, crianças, jovens, adultos e idosos morrendo em nossas estradas e ruas por algum “motorista” que comprou sua carteira.
As tragédias que mancham de sangue as manchetes de nossos jornais, estão sendo causadas por um desgoverno, por uma corrupção, por uma máfia que controla o fornecimento de documentos falsos a pessoas inabilitadas para sair por ai matando e mutilando. A sociedade brasileira sabe disso, não preciso apontar instituições para confirmar o que digo.
Entretanto, essa mesma sociedade ainda não encontrou meios de intervir de maneira definitiva para acabar com essa onda de marginalidade.
Aliada a esse lamentável fator, temos nossa política nacional de trânsito totalmente perdida em suas ações e planejamentos e a prova maior disso é a sua ineficácia. A cada ano que passa, contabilizamos na estatística nacional, mortes e mais mortes e isso é uma prova inconteste de que é preciso readequar as políticas de prevenção e educação para o trânsito no Brasil.
Basta de campanhas tímidas, restritas a um calendário tímido no mês de setembro. Precisamos de um calendário anual ininterrupto, não confunda com corrupto, onde as ações estejam presentes de forma sistemática, contínua, permanente.
Chega de ficar intelectualizando as relações do trânsito, discutindo em mesas de madeira nobre, retirada de nossa sofrida Amazônia, as teorias magníficas que se distanciam da realidade que nosso trânsito apresenta.
Chega de seminários e conferências! Precisamos ir para as ruas e estradas, precisamos de intervenções diretas para estancar esse sangue que escorre silenciosamente no solo de nosso país.
No contexto de um gerenciamento público do nosso trânsito, temos que priorizar urgentemente alternativas de vias de trânsito que não passem mais por rotas rodoviárias. Vamos utilizar o transporte de cargas para nossos rios e montanhas, investindo em hidrovias e ferrovias que possam fazer desaparecer do piso asfáltico esse veículo danoso do ponto de vista da manutenção dessa malha eliminando também, dessa feita, inúmeros acidentes envolvendo veículos de cargas pesadas.
A política governamental de infra-estrutura tem a obrigação e o compromisso de criar alternativas seguras e inteligentes para o transporte de carga brasileiro.
Por fim, temos outro compromisso ainda maior, o da educação. Não me refiro à educação convencional, de sala de aula e professor. Essa também é de grande importância. Refiro-me a uma educação formatada para uma conscientização coletiva, de âmbito social, atingindo grandes números de pessoas. Não adianta somente começar a conscientizar nossas crianças, o que levará certo tempo. Precisamos criar informações de poder imediato, que sejam capazes de provocar mudança de comportamento em um curto espaço de tempo, evitando assim essa escalada sem controle de acidentes de trânsito.
Você vai morrer no trânsito.
Se essa pergunta, ou essa afirmação, fosse feita há apenas uns 20 anos atrás, provocaria até risadas na comunidade do trânsito (entenda comunidade como todas as pessoas que estejam transitando em qualquer lugar da cidade, em qualquer tempo, de alguma forma).
Seria absurdo admitir a idéia de que, no trânsito, alguém imaginasse morrer. Ser atropelado nem tanto, mas também seria inadmissível!
Acostumamos, a saber, de notícias de acidentes no trânsito que ocorrem nas estradas, nas rodovias, bem longe de nosso espaço cotidiano e, por esse motivo, entendemos que essas situações estão bem longe de nós, pertencem aos noticiários de televisão, de rádio e jornal.
Em nosso inconsciente, formamos uma idéia imaginária de que jamais isso acontecerá conosco.
Mas os acidentes estão se aproximando do nosso dia a dia, da cidade onde moramos, das avenidas e ruas de nosso bairro.
Hoje, sabemos de acidentes sem a necessidade de nenhum veículo de informação noticiar porque eles estão acontecendo com nossos parentes, amigos, conhecidos.
Nossos hospitais estão superlotados de pessoas acidentadas. Muitas delas não terão a chance de voltar a ter uma vida como antes. Muitas delas irão chorar e lamentar suas fatalidades para o resto de suas vidas.
Existe em nosso tempo, agora, uma sensação de que alguma coisa está errada no nosso trânsito, em nosso país. Não é possível que tantos acidentes, de todas as naturezas, nas rodovias e nos centros urbanos, estejam acontecendo com tamanha incidência. Não é possível que tantas pessoas se acidentem com tão assustadora freqüência. Alguma coisa tem que justificar essas fatalidades, pois elas certamente estão ligadas a algum fator desencadeador dessas tragédias.
E, então, começamos a fazer uma reflexão sobre tudo que norteia as relações do trânsito no Brasil. E começamos pelas instituições que têm a responsabilidade de certificar motoristas. É de conhecimento de todos, e aqui não existe mais a necessidade de elaborar nenhuma denúncia, que as instituições ditas “educadoras”, de “formação” de motoristas estão corrompidas por ações escusas de aprovação de habilitação, de comum acordo com os órgãos que emitem as carteiras de motoristas. Quem já não ouviu alguém dizer que fulano “conseguiu uma carteira de motorista”, “pagou R$700,00 para conseguir uma carteira de motorista”.
Existem pessoas inocentes, crianças, jovens, adultos e idosos morrendo em nossas estradas e ruas por algum “motorista” que comprou sua carteira.
As tragédias que mancham de sangue as manchetes de nossos jornais, estão sendo causadas por um desgoverno, por uma corrupção, por uma máfia que controla o fornecimento de documentos falsos a pessoas inabilitadas para sair por ai matando e mutilando. A sociedade brasileira sabe disso, não preciso apontar instituições para confirmar o que digo.
Entretanto, essa mesma sociedade ainda não encontrou meios de intervir de maneira definitiva para acabar com essa onda de marginalidade.
Aliada a esse lamentável fator, temos nossa política nacional de trânsito totalmente perdida em suas ações e planejamentos e a prova maior disso é a sua ineficácia. A cada ano que passa, contabilizamos na estatística nacional, mortes e mais mortes e isso é uma prova inconteste de que é preciso readequar as políticas de prevenção e educação para o trânsito no Brasil.
Basta de campanhas tímidas, restritas a um calendário tímido no mês de setembro. Precisamos de um calendário anual ininterrupto, não confunda com corrupto, onde as ações estejam presentes de forma sistemática, contínua, permanente.
Chega de ficar intelectualizando as relações do trânsito, discutindo em mesas de madeira nobre, retirada de nossa sofrida Amazônia, as teorias magníficas que se distanciam da realidade que nosso trânsito apresenta.
Chega de seminários e conferências! Precisamos ir para as ruas e estradas, precisamos de intervenções diretas para estancar esse sangue que escorre silenciosamente no solo de nosso país.
No contexto de um gerenciamento público do nosso trânsito, temos que priorizar urgentemente alternativas de vias de trânsito que não passem mais por rotas rodoviárias. Vamos utilizar o transporte de cargas para nossos rios e montanhas, investindo em hidrovias e ferrovias que possam fazer desaparecer do piso asfáltico esse veículo danoso do ponto de vista da manutenção dessa malha eliminando também, dessa feita, inúmeros acidentes envolvendo veículos de cargas pesadas.
A política governamental de infra-estrutura tem a obrigação e o compromisso de criar alternativas seguras e inteligentes para o transporte de carga brasileiro.
Por fim, temos outro compromisso ainda maior, o da educação. Não me refiro à educação convencional, de sala de aula e professor. Essa também é de grande importância. Refiro-me a uma educação formatada para uma conscientização coletiva, de âmbito social, atingindo grandes números de pessoas. Não adianta somente começar a conscientizar nossas crianças, o que levará certo tempo. Precisamos criar informações de poder imediato, que sejam capazes de provocar mudança de comportamento em um curto espaço de tempo, evitando assim essa escalada sem controle de acidentes de trânsito.
Você vai morrer no trânsito.
Um texto como esse tem de ir para o rádio, a TV, a internet ! Com tanta veemência e verdade é impossível ficar alheio ao que está acontecendo ! É preciso que nos conscientizemos sim e cobremos de nossas autoridades ações imediatas que mudem a estatística de mortes e de acidentes ! Campanhas com o apoio daqueles que enchem nossa TV todos os fins de semana mostrando as promoções de estoques e as facilidades de fábrica que infelizmente, aliada à falta de educação do brasileiro, engrossa a lista de mortos nas estradas e também na cidade.
ResponderExcluirParabéns pelo texto !
Juliano Pereira.