AS AZALÉIAS ESTÃO FLORIDAS
Estamos em pleno período eleitoral em nosso país e, nessa estação de inverno, as promessas de dias melhores surgem em todos os discursos de campanha. A existência do discurso de promessas, por si só já denuncia a ausência daquilo que se promete realizar. E nesse texto das promessas se nota a presença dos temas ligados ao nosso trânsito. O que se promete é algo que se fará cumprir, está sempre na condição de futuro, ou daquilo que ainda não se fez. Assim, tudo aquilo que está no texto dos discursos de campanha, ainda não foi feito e, se vier a ser, será num tempo para depois. A melhoria das nossas estradas, da sinalização de nossas vias urbanas, de nosso transporte coletivo, de nossa educação e segurança no trânsito, são temas fáceis de tratar quando colocados na campo das promessas. Há décadas, convivemos com nossos problemas de mobilidade, há décadas, denunciamos o descaso e a inoperância de nossas instituições públicas, há décadas convivemos com as nossas tristes estatísticas de morte e invalidez em nossa comunidade do trânsito. Os discursos são feitos de acordo com aquilo que a sociedade quer ouvir, mas nem sempre de acordo com o que ela precisa saber. Enquanto isso, a natureza promete e faz a sua parte, silenciosamente.
Realmente, repetem-se as promessas nada originais das campanhas políticas do momento. Refletindo sobre a nossa capital mineira, para ficarmos apenas no âmbito local, se já tivessem concluído o metrô, talvez nosso trânsito estivesse menos caótico. Nem o evento da Copa do Mundo em 2014 fez com que as autoridades destinassem recursos para a conclusão do mesmo. E essa falta de compromisso com as promessas se expandem para a realidade nada menos complicada das nossas vias públicas e estradas.
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