VELOZES E FURIOSOS, TRANSITO NAS CIDADES CADA VEZ MAIS VIOLENTO E PERIGOSO IV
Aproxima-se o fim de mais um ano, e o que vemos nas grandes cidades é uma correria ainda mais acelerada que de costume. As pessoas imprimem um ritmo de deslocamento mais intenso, irritado, aflito. As trombadas são constantes e prevalece a lei do mais forte para estar à frente dos outros no trajeto dos passeios. Quando eles estão interrompidos pelo volume de pessoas, a rua torna-se a alternativa mais rápida, onde os veículos passam a ser os obstáculos a vencer, num balé perigoso e ousado entre os pedestres e os carros, embalados pela música estridente das buzinas, ao som das freadas e dos xingamentos entre todos.
As pessoas ficam tomadas pela velocidade, me parece ser pela pressa do inconsciente coletivo de empurrar o que resta do ano velho para que ele acabe logo. O novo sempre carrega consigo a chance de recomeçar, para aqueles que não conseguiram realizar muito no ano que se encerra e alimenta as expectativas de outros que anseiam por terminar logo o que já não tem mais jeito de fazer.
Assim, as cidades ficam nervosas, tudo em volta parece estar acelerado, apressado e o convívio urbano sacramenta o caos.
Tudo fica elétrico demais.
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