A FAIXA 2º CAPITULO

O pedestre em Belo Horizonte-MG foi sensibilizado pelo órgão que "gerencia" o trânsito da capital, por uma iniciativa desorganizada e irresponsável, que teve uma intervenção social interrompida pela incapacidade pedagógica dessa empresa de instalar uma ação continuada e sistematizada. Assim, de maneira inconsequente, fez crer aos pedestres que os mesmos podem atravessar a faixa de segurança sem mostrar aos mesmos que as regras de prioridades fazem parte das relações no trânsito em todos os âmbitos. O que a BHTRANS não informou, porque não deu continuidade à proposta de educação no trânsito, é que os sinais dos semáforos devem ser respeitados tanto pelos pedestres quanto pelos motoristas. O que vemos a todo momento em nossas ruas são as cenas em que os pedestres insistem em atravessar na faixa mesmo quando o sinal do pedestre está fechado para eles! Outros insistem em atravessar em qualquer circunstância, desconsiderando, por exemplo, a velocidade com que os veículos trafegam naquele instante. Constato, em outras situações que observo, que o pedestre está atravessando na faixa com uma postura desafiadora frente ao veículo que se aproxima, ignorando o tempo que ele gasta para atravessar a rua, na faixa, porém sem nenhuma pressa ou cooperação diante da preferência que obtém. O pedestre está se comportando de maneira abusiva e deseducada, pouco cooperativa e de conduta inadequada para as relações no trânsito que são extremamente conflitivas nos nossos dias. As regras de convivência têm se tornado incapazes de promover relações saudáveis na comunidade do trânsito muito porque as pessoas desconhecem e desobedecem  as leis do trânsito e porque não está presente no dia a dia, na cidade de Belo Horizonte, a estrutura fiscalizadora que abandonou e deixou à mercê do acaso a população. Basta ter um pouco de atenção para constatar esse abandono, onde os "fiscais" de trânsito só aparecem quando acontece um acidente, ou quando estão à procura de veículos estacionados em faixas azuis com a hora da cartela vencida. Aliás, agora eles adotaram um procedimento interessante e ilegal. Aproximam-se do veículo e colocam a mão sobre o capô para verificar se está quente ou frio. Se está quente entendem que o talão foi colocado por aquela hora. Se está frio, entendem que foi trocado às pressas para evitar a multa. Desconheço esse procedimento ilegal, abusivo e mal intencionado que está servindo para aplicar multas. Pedestre, use a faixa a seu favor, mas obedeça as regras de trânsito para não se tornar uma vítima e um infrator.

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