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2.200 MIL BELORIZONTINOS SEM METRÔ!

Felizes conterrâneos e habitantes da Belo Horizonte dos anos dos bondes e trólebus, que utilizaram esses veículos de 1902 a 1963 quando foram totalmente erradicadas as linhas do sistema de transporte coletivo. Mineiro não perde o trem, mas o mineiro da capital das minas perdeu o bonde, o trólebus e o metrô. Perdeu o transporte que não poluia o ar, que não fazia barulho, que não engarrafava, que não buzinava alucinadamente, que não atropelava, porque só andava na linha. Felizes sim, porque existia uma certa harmonia nas formas de transitar na capital. Não me venham com o discurso de que a modernidade exigiu novas tecnologias de transporte porque, na verdade, essas inovações tornaram pior a vida do trafegar em BH. Que tivessem sido preservadas as áreas onde o bonde ou o trólebus pudesse continuar a servir a população de maneira ecologicamente correta, preservando a cultura, o romantismo, o jeito mineiro de ser. Mas "...a força da grana que ergue e destrói coisas belas..." imper

BEBIDA E VOLANTE: UMA COMBINAÇÃO PERIGOSA

http://www.dzai.com.br/jornaldaalterosa/video/playvideo?tv_vid_id=48070

ESCALAÇÃO

Amanhã não tem futebol, vc vai descer da arquibancada e entrar em campo. Amanhã você não vai torcer pelo seu time, você vai fazer parte dele como titular. A camisa que você vestirá amanhã é igual a de todos nós, de cores, fracassos e vitórias iguais. Você será o goleiro que terá que agarrar a chance de usar democraticamente seu voto; você será o zagueiro que impedirá o avanço das mazelas de nossa sociedade atual; será o atacante que terá a responsabilidade de eleger bons políticos para guiar nosso país. Amanhã não pode ter bola na trave, sua escolha tem que ser precisa e correta. Amanhã, não tem grito de gol, tem que ter grito de justiça, de igualdade, de honestidade e responsabilidade. Amanhã, quem bate o pênalti é você. Ou você coloca seu país no topo dos vitoriosos, ou o afunda cada vez mais no lugar dos últimos. Esqueça o futebol!

A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE

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Amanhã, novamente será dada, ao povo brasileiro, a oportunidade de escolher seu destino na política, na economia, na educação, na saúde, na segurança, nas obras públicas, enfim, em todos os campos de interesse social para os próximos 4 anos. Amanhã, novamente o povo brasileiro tem a possibilidade de abrir ou não a CAIXA DE PANDORA e, permitir a fuga de todos os males para afligir, mais uma vez, nossos destinos. A caixa, que através dos séculos se tornou uma urna, convida aos jovens de primeira escolha, aos adultos e idosos, que por sua sabedoria conquistada pelos anos de experiência de vida resolvem nem mesmo votar, homens e mulheres. Misteriosa em sua tecnologia, para a maioria dos eleitores, pela sua velocidade e, ao mesmo tempo, fascinante e mágica na sua maneira de apurar as preferências de um povo, ela permanece exposta a todos os gostos, aceitando passivamente o toque dos dedos de uma mão suja, limpa, de unhas brilhantes, quebradiças, sofrida, enluvada, guiados pela ingenuidade,

O QUE MUDOU COM A SEMANA NACIONAL DO TRÂNSITO?

Acabou a semana nacional do trânsito que, durante o período de 18 a 25 de setembro promoveu a conscientização dos cidadãos brasileiros para o assunto do trânsito. Você participou de alguma atividade programada em sua cidade? Tomou conhecimento da existência de algum evento? Recebeu no seu trajeto cotidiano algum material sobre essa semana? Sabe de que tema ela tratou? Não se preocupe em ter dito não a todas essas perguntas. Provavelmente você e milhões de outros brasileiros, sequer ouviu alguém lhes falar sobre essa semana. O assunto é de importância menor do que o destaque do resultado do jogo de futebol, da fala de um candidato presidenciável, do resultado da mega-sena ou de um assalto a banco. Não que a mídia se esforçe para destacar esse tema, acredito que ela o faz até com muita competência mas, ela não tem o papel de gerenciamento desses assuntos que são de responsabilidade de todos a partir do momento em que os governos federal, estadual e municipal cumpram com o seu dever peran

CORRERIA

Não dá tempo, teho que ser mais rápido. Não aguento, esse trânsito parado. Meu relógio, já abandonei faz tempo, os ponteiros eram lentos, artrasavam meus compromissos. Não dá tempo, meu lamento é verdadeiro, ultrapasso meus limites, em qualquer caminho que faço. Eu preciso acelerar, chegar na frente, ser esperto, buzino, xingo, vou em frente, não tem esse negócio de educação. Todo mundo tá embolado, em meio a essa confusão. Não dá tempo! já cruzei sinal fechado, já bati em muita lataria, já acelerei em cima de muita gente. Sou valente, sai da frente, um dia, me estrepo numa via, no meio dessa correria.

DE QUE JEITO VOCÊ SABE TRANSITAR?

O cidadão de Belo Horizonte precisa amadurecer sua opinião sobre transporte coletivo na capital. Acostumado a se deslocar basicamente através de ônibus ele se acomodou e, concentrou suas críticas a esse modelo de transporte de massa. Reclama sistematicamente, mas não tem uma clareza da importância de um sistema moderno e muito mais eficaz daquele a que está acostumado (e condicionado) a utilizar. Existe uma estratégia de mídia, utilizada por entidades que em nada acrescentam para uma melhoria definitiva do trânsito e mobilidade, que sustenta a idéia de conforto, rapidez e segurança nos ônibus de nossa capital, mas essa realidade só existe na propaganda da televisão. Quando muito, as empresas de transporte coletivo incluem um veículo novo na linha para dar a impressão de que investem na qualidade de seus serviços, induzindo o cidadão a não se posicionar para exigir outros modelos de transporte de massa. Acorda Belo Horizonte!

"PREPARE" - SE PARA ESSA NOTÍCIA!

Belo Horizonte está sendo tomada por um absurdo serviço destinado a "guardar vaga" para os "bebums" de todos os dias, nos bares da "capital dos barzinhos" do Brasil! É isso mesmo! Acredite! Na região sul da cidade, um tal serviço que conta com a conivência da BHTRANS, vem reservando vagas para os clientes de bares estacionarem seus veículos. Como se não bastasse essa anomalia de administração pública e do "gerenciamento" do trânsito em BH, até mesmo nos passeios próximos aos bares, esse serviço dessa tal de PREPARE é oferecido, onde os veículos são manobrados para estacionar, enquanto seus proprietários se enchem de álcool nos estabelecimentos para depois sairem pelas ruas cometendo as infrações que vão desde um avanço de sinal vermelho, até os trágicos acidentes que acometem nossa capital. Aonde chega nosso trânsito héim BHTRANS!?

A LATINHA MUDOU DE COR

Quanta publicidade para mudar a cor da lata da cerveja né!? Eu fico aqui pensando se existisse no Brasil um investimento em educação como o que se tem em certos setores de negócios em nossa sociedade, que fosse capaz de reunir tamanha publicidade para engrandecer as mudanças na educação brasileira.Infelizmente, esse ainda não é um bom negócio para investir e, certamente não o será por muitas décadas. Com toda a estatística trágica de nosso trânsito que, envolve consideravelmente o uso de bebida alcoólica, ainda existe mais espaço de mídia para promover o consumo do que para conscientizar as pessoas. Somos um país de bêbados anônimos aos milhares, dirigindo impunemente por nossas ruas, avenidas e estradas, comemorando os fins de semana com as latinhas na mão, erguidas como status de "vida boa". E assim, alienados pela propaganda da felicidade fácil, da amizade verdadeira e das "loiras" que rodeiam as mesas dos bares, essa sociedade vai "levando a vida " ent

AS AZALÉIAS ESTÃO FLORIDAS

Estamos em pleno período eleitoral em nosso país e, nessa estação de inverno, as promessas de dias melhores surgem em todos os discursos de campanha. A existência do discurso de promessas, por si só já denuncia a ausência daquilo que se promete realizar. E nesse texto das promessas se nota a presença dos temas ligados ao nosso trânsito. O que se promete é algo que se fará cumprir, está sempre na condição de futuro, ou daquilo que ainda não se fez. Assim, tudo aquilo que está no texto dos discursos de campanha, ainda não foi feito e, se vier a ser, será num tempo para depois. A melhoria das nossas estradas, da sinalização de nossas vias urbanas, de nosso transporte coletivo, de nossa educação e segurança no trânsito, são temas fáceis de tratar quando colocados na campo das promessas. Há décadas, convivemos com nossos problemas de mobilidade, há décadas, denunciamos o descaso e a inoperância de nossas instituições públicas, há décadas convivemos com as nossas tristes estatísticas de mort

POR ONDE ANDAS, PEDESTRE?

Alguma vez em sua vida, você já foi ao Himalaia escalar a cadeia montanhosa mais alta do mundo com subidas e descidas fatais? Já esteve ao redor de vulcões semi-ativos que exalam uma variedade de fumaça tóxica? Arriscou-se num passeio turístico ao deserto de Atacama com o ar mais seco do mundo? Conheceu a Carália Carélia na Rússia, que é a região mais pantanosa do mundo? Ou já visitou a caatinga nordestina com o seu solo pedregoso, irregular e espinhoso? Você pode não ter ido a nenhum desses lugares, mas pode considerar que sim! Nossas cidades "urbanísticas" têm todos esses ingredientes e, você pode estar em qualquer um deles ao mesmo tempo. Basta sair pelas nossas ruas,com muito cuidado para não ser mais uma vítima de um buraco, de um tropeço em alguma pedra solta, exalando o ar enfumaçado pelas descargas de barulhentos veículos movidos a combustível ultrapassado e poluente, tomando o devido cuidado para não escorregar em alguma rua com restos de material de reforma de obra

O PAC, EM MINAS, SIGNIFICA PLANO DE ACELERAÇÃO DO CAOS

Lamentável a decisão do Governo Federal de não incluir Minas Gerais no plano de expansão das ferrovias nacionais. Nos próximos 10 anos, nenhum recurso será destinado a ampliação da extensão de 28 mil quilometros que poderia chegar aos 40 mil. Com isso, nossos trilhos continuam limitados a produzir riqueza e, nosso Estado limitado a crescer. Soma-se a isso, uma tendência de investimentos que se direcionam apenas para o transporte de carga e, mais ainda para o transporte de minério de ferro e nada mais. As outras mercadorias devem seguir o curso de transporte por rodovias. Nossas estradas continuarão a sofrer o desgaste e a intensidade de tráfego, sem manutenção suficiente e, vitimando pessoas por ocasião desse volume intenso de caminhões e de outros veículos. Ainda predomina, com muito poderio econômico e político, a idéia de que transportar carga ou pessoas deve se dar apenas pelas rodovias, estradas, avenidas e ruas e, com a matriz energética do petróleo como modelo de combustível. Um

VOCÊ CONHECE O BRT?

Belo Horizonte caminha para trás. As políticas de trânsito e mobilidade urbana são uma tragédia se comparadas com alternativas modernas, não poluentes e politicamente corretas para o transporte de massa numa grande cidade do século XXI. É impressionante constatar a incapacidade de estudo, planejamento e execução dos órgãos municipais e estaduais , o ineficiente poder político de negociação e a inadmissível falta de inteligência para lidar com esse assunto de crucial importância para a vida moderna dos cidadãos urbanos. Presos a uma mentalidade retrógrada que só consegue pensar em transporte coletivo a partir de uma matriz de combustível fóssil e a um modelo de veículo mecânico que invade os espaços urbanos provocando poluições de toda ordem, está sendo anunciado com pompas de modernidade, a mais nova solução para a capital das gerais, o denominado BRT - BUS RAPID TRANSIT em inglês, para ficar parecendo mais importante. Esse "trombolho" vem se somar à toda a confusão que já ex

AGORA O MUNDO VEM PARA CÁ!

Acabou a Copa do Mundo! Um final infeliz para nossa pátria das chuteiras, mas que de agora em diante, será o lugar cobiçado por todos os interesses do mundo do futebol. Viveremos um período de preparação que poderá ser bom ou ruim para nossos destinos nos próximos 4 anos. Será que nossas estradas vão melhorar a ponto de diminuir pela metade o números de vítimas? Será que nosso sistema de transporte coletivo irá se modernizar e se humanizar? Será que nossa indústria de bebidas venderá menos cervejas a nossos motoristas embriagados? Será que nosso sistema de segurança conseguirá oferecer mais tranquilidade a nossa população? Será que nossa educação avançará para convivermos com mais respeito em coletividade? Será que nosso país será menos corrupto com as obras que envolverem a organização da próxima Copa do Mundo? Por fim, será que seremos campeões de alguma dessas metas acima, em 2014?

A BHTRANS DE ONTEM E A DE HOJE

Me impressiona muito observar o comportamento da BHtrans após ter sido tomada a medida de impedí-la de aplicar multa em suas atividades de trânsito na cidade. Se observarmos bem, a agilidade que existia antes para rebocar um veículo era assustadora! Parecia haver um serviço de 24 horas, permanente, que aparecia não se sabe de onde e, num instante levava o carro do infeliz proprietário. Hoje, a demora é tão grande que dá tempo do proprietário chegar e ainda fazer uma horinha antes de ir embora sem que o serviço de reboque chegue. Sabem porque? Por que não se pode mais cobrar pelo reboque. Se a BHtrans quiser rebocar, ela tem que custear o serviço. Assim, a cada dia, ela vai abandonando aquilo que não dá dinheiro mais e, irresponsavelmente, se afasta do papel que na verdade nunca teve, qual seja, o de cuidar com responsabilidade, isensão e competência do trânsito de Belo Horizonte.

BURACOS NA CAPITAL DAS MONTANHAS

È frustrante a notícia que se divulga nessa semana de início da Copa do Mundo, dando conta de que a Prefeitura Municipal vai intervir na cidade de Belo Horizonte para a construção de "estacionamentos subterrâneos". Como é que pode uma administração ter a coragem de oficializar uma obra dessa natureza numa capital que já não suporta mais o tráfego de veículos em sua região central, querendo dar um sentido de algo extraordinariamente inteligente para a solução de nosso trânsito! O estímulo ao uso do veículo é cada vez mais reforçado com medidas dessa natureza. É revoltante constatar que para beneficiar as classes mais abastadas o governo se mobiliza rapidamente para concretizar seus projetos e, para solucionar as questões ligadas ao transporte coletivo, a morosidade, o descompromisso e o discurso retórico da enganação se propaga aos quatro ventos. Na pior das hipóteses, o que ficaria mais barato aos cofres públicos, construções verticalizadas de estacionamentos ou subterrâneas?
ANDAR DE METRÔ UM SONHO DE CRIANÇA Todos nós temos um sonho de criança que fica em nossa lembrança. Crescemos, nos tornamos adultos, mas a vida reserva à maioria dos humanos, um desejo inacabado, interrompido, não realizado, especialmente em nossa infância, momento fértil de nossa imaginação onde tudo é possível. Em cada etapa da vida, um conjunto desses desejos se apresenta, solicitando satisfação, nossa busca, nossa irracionalidade, nosso instinto animal. Quando ainda pequeninos, não nos conformamos com a falta. Gritamos, berramos, nos esperneamos para conseguir a qualquer preço a satisfação de nossa vontade. Já mais crescidos, começamos a aprender a renunciar a tudo isso. Ficamos emburrados, carrancudos, nos isolamos no canto de nosso quarto. Nossa adolescência tenta retomar nossas reivindicações com uma grande dose de rebeldia e agressividade. Mas o tempo, silencioso, amaina nossos ímpetos mais fervorosos e, ao chegar da adultice, nos utilizamos da racionalização de nossas idéi

VOCE VAI MORRER NO TRÂNSITO?

VOCÊ VAI MORRER NO TRÂNSITO (?) Se essa pergunta, ou essa afirmação, fosse feita há apenas uns 20 anos atrás, provocaria até risadas na comunidade do trânsito (entenda comunidade como todas as pessoas que estejam transitando em qualquer lugar da cidade, em qualquer tempo, de alguma forma). Seria absurdo admitir a idéia de que, no trânsito, alguém imaginasse morrer. Ser atropelado nem tanto, mas também seria inadmissível! Acostumamos, a saber, de notícias de acidentes no trânsito que ocorrem nas estradas, nas rodovias, bem longe de nosso espaço cotidiano e, por esse motivo, entendemos que essas situações estão bem longe de nós, pertencem aos noticiários de televisão, de rádio e jornal. Em nosso inconsciente, formamos uma idéia imaginária de que jamais isso acontecerá conosco. Mas os acidentes estão se aproximando do nosso dia a dia, da cidade onde moramos, das avenidas e ruas de nosso bairro. Hoje, sabemos de acidentes sem a necessidade de nenhum veículo de informação notici

O METRO É UM DIREITO MEU!

Imagine você, morando numa cidade como Belo Horizonte, a cidade com o maior número de butecos do Brasil, com o segundo maior estádio coberto do Brasil, com as maiores jazidas de minério de ferro do país, com o 4º maior PIB entre os municipios brasileiros, com a 3ª maior população do país e a 7ª maior da America Latina, uma das cidades sede da Copa do Mundo de 2014 e que tem uma linha de metro de 28 km que transporta por dia, apenas 140 mil passageiros. É muita desproporção da grandeza da capital mineira para a timidez da extensão da linha do metro de BH. Até onde esse metro te incomoda?

VENDI MEU CARRO!

VENDI MEU CARRO! NOSSA, QUE ALÍVIO! NA VERDADE NÃO VENDI MEU CARRO, FIQUEI LIVRE DELE! DELE E DE TUDO O QUE ELE ESTAVA SIGNIFICANDO EM MINHA VIDA ATUAL. NÃO, NÃO VENDI PARA COMPRAR OUTRO NÃO, VENDI PARA MUDAR DE VIDA. LIVREI-ME DAS MÍDIAS DE COMPRA E VENDA DE VEÍCULOS QUE ATORMENTAVAM MEU UNIVERSO INTELECTUAL. AFINAL, PRECISAVA LER ALGO MAIS INTERESSANTE DO QUE ANÚNCIOS DE OFERTAS DE VEÍCULOS. CHEGUEI A FAZER UMA ASSINATURA ANUAL DE UM JORNAL DA CIDADE SÓ POR CAUSA DO CADERNO DE VEÍCULOS. QUE ABSURDO! ABANDONEI A LITERATURA, A POESIA, O ROMANCE, AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS, A INFORMAÇÃO INTELIGENTE PARA ME PRENDER A ISSO! VENDI MEU CARRO E RECUPEREI MINHA LIBERDADE DE IR E VIR. HOJE, POSSO ESCOLHER ENTRE ANDAR A PÉ (JÁ PERDI MEUS PNEUZINHOS), PEGAR UM ÔNIBUS, CHAMAR UM TAXI, ESCOLHER UMA EMPRESA DE TURISMO PARA MINHAS VIAGENS. ESTACIONAMENTO? HÁ, HÁ, HÁ... ADEUS! O QUE GASTAVA COM ELE, ECONOMIZO NUMAS COMPRINHAS PARA MEUS GOSTOS QUE TANTAS VEZES ABANDONEI. IPVA, LICENCIAMENT

MARCAS NO ASFALTO

As marcas no asfalto saem com o tempo, A chuva lava, o vento seca, o sol as derrete. As marcas no asfalto se misturam com o tempo. Ontem, hoje, as de amanhã se confundirão, por serem tantas que a cada dia, terão uma história prá contar. As marcas no asfalto são silenciosas, pois guardam os gritos, os gemidos e o barulho das ferragens, passam desapercebidas, mostram o traçado de um uma história trágica e, escondem os personagens como que em sinal de respeito. Registram os últimos momentos de vidas que iam, que vinham, que tinham outros destinos em muitos outros traçados. As marcas no asfalto saem com o tempo, a chuva lava, o vento seca, o sol as derrete. Mas não se apagam do peito, da história das pessoas, da lápide dos inocentes, das vítimas dos inconseqüentes, do descaso das autoridades, do julgamento injusto, da memória de uma sociedade. As marcas não podem se apagar, nem com a chuva, nem com o vento, nem com o sol. Elas têm que permanecer denunciando, apontando os erros, delatando o

NEUROSE DE TRÂNSITO

NEUROSE DE TRÂNSITO Tá olhando o quê? Vai encarar? Esse espaço é meu, cheguei na frente. Saí daí, ô roda dura, tira essa lata velha do meu caminho. Qual é mané, pensa que vai sair primeiro? Acelero e te fecho rapidinho. Comprou a carteira? A minha é antiga, sou profissional. Dirijo beleza, melhor que você, meu carro é mexido, potencia total. Se arranhar, dou porrada. Te meto um ferro na cara, brigo na rua ou onde você marcar. Aumento o som do meu possante faço dele uma boate ambulante e daí? Vai reclamar? Sou o dono das ruas, não tem lei comigo. Sinal eu nem ligo, não fico de bobeira. Saí da frente domingueiro! Te persigo prá dar uma prensa, se reclamar eu grito, palavrão é minha língua. Se multar, eu ofereço minha grana e dou uma banana prá essa gente bacana. Eu bebo sim, dirijo até melhor. Meu álcool tá no sangue Sem essa de bafômetro Você não sabe com quem está falando. Vai me estranhar?

AS ESTRELAS AINDA BRILHAM NO CÉU

A batida foi violenta. Arremessou-me a uma longa distância. Não teve jeito! Eu vinha na contramão e só percebi que estava errado quando me deparei com um carro em minha direção. Foi tudo muito rápido, pensei que daria para evitar, mas é tudo realmente muito rápido. De noite, a luz ofusca a visão quando é preciso realizar uma manobra mais radical. Minha distração foi em razão de estar ouvindo uma música num volume muito alto, com fone de ouvido e com o capacete de viseira aberta. Viajei naquela canção e saí do meu traçado numa reta longa. Aquele carro vinha com os faróis apagados, não sei porque o motorista fez aquilo. Eu estava a uns 100 quilometros mais ou menos. É impressionante como nos distraimos dirigindo. As frações de segundo determinam nossa sorte e, se não estivermos atentos como se deve, acontece. Já havia ouvido e visto muita coisa nesse nosso trânsito e, pensava sempre que esse tipo de descuido não aconteceria comigo. Julgava ser um absurdo alguém conseguir se acidentar da

O COMEÇO DE TUDO

Na próxima edição, estarei tratando permanentemente de um assunto de graves consequencias para a sociedade brasileira: TRANSITO E MOBILIDADE. Aguardem.