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A FAIXA DE GAZA, OU MELHOR DE PEDESTRE IV

Acentuam-se cada vez mais, os conflitos entre motoristas e pedestres na faixa de travessia de nossas ruas e avenidas. Área destinada a servir como prioridade de passagem, a comunidade do trânsito não se entende quanto à vez do direito, do bom senso e do conhecimento das leis de trânsito. Os xingamentos, palavrões, insultos, gestos obscenos e agressões de toda ordem estão presentes o tempo todo na rotina das travessias. Quando o veículo reduz a velocidade, o pedestre não atravessa, quando quer atravessar o veículo não para. Quando o sinal está fechado para o pedestre ele quer atravessar, quando abre o veículo tem que esperar. A faixa de travessia torna-se portanto, o local marcado para os desafios. É o local onde o desconhecimento das regras de trânsito determina o grau de combate entre as pessoas. Presenciamos pedestres parados ao meio fio falando ao telefone celular confundindo os veículos que trafegam quanto à decisão de atravessar ou não naquele momento. Outras vezes, os pedestres

TRAVESSIAS URBANAS A FAIXA DE PEDESTRE III

TRAVESSIAS URBANAS A rua tem cheiro de morte, Eu corro e atravesso a morte, Por vezes não tenho sorte De chegar ao outro lado com vida. Procuro uma saída O barulho dos carros me ensurdece A velocidade dos carros me confunde Escuto o barulho da morte Hoje, tive sorte Amanhã a morte.

FAIXA DE PEDESTRE II A TRAVESSIA

O pedestre de Belo Horizonte onde particularmente moro, não tem a devida noção da existência de uma sinalização na faixa de travessia denominada semáforo. Essa sinalização possui duas luzes distintas, de cores verde e vermelha, em que  a verde significa que ele pode atravessar a faixa e a vermelha de que ele não pode atravessar a faixa. Esses sinais tem uma durabilidade de tempo que permite o fluxo de passagem de veículos e de travessias de pedestres. Como a intervenção do gerenciamento de trânsito em BH não teve a competência de dar prosseguimento ao trabalho educativo da população, o pedestre apenas entendeu que a faixa é seu lugar de atravessar com prioridade, mesmo que o sinal para ele esteja vermelho! A invasão dos transeuntes na faixa de travessia com o sinal fechado para eles é tamanha que os motoristas não têm alternativa a não ser ceder à passagem, criando assim outro conflito com os veículos que vêm atrás para trafegar. Pedestre, atravesse sempre na faixa, porém quando o seu

FAIXA DE PEDESTRE I

Está selado o conflito entre pedestres e motoristas na faixa de pedestre. Ali têm ocorrido xingamentos, agressões e até ameaças de morte. Tudo porque a empresa que gerencia o trânsito em Belo Horizonte começou e não terminou o que deveria ser um projeto de educação continuada para normatizar e humanizar o convivio das pessoas no nosso caos urbano. A irresponsabilidade é gritante e a indiferença de todos nós transeuntes, motociclistas, motoristas e toda a comunidade do trânsito é maior ainda. Nâo se pode, numa cidade como Belo Horizonte, admitir que essa "empresa" faça o papel de desconsiderar os reclames da população e tratá-la com o desdém constumeiro, limitando-se a pronunciar-se somente mediante os insistentes microfones e câmeras dos veículos de comunicação da capital. Começar um campanha de respeito ao pedestre e abandoná-la de uma hora para outra é simplesmente o fim. Deveríamos intervir para decretar o fim dessa vergonhosa administração e colocar outra gestão que trab

A EPIDEMIA DO CELULAR X O PODER

O aparelho de celular é a tecnologia mais sedutora inventada até hoje pelo homem. Numa classificação de importância, deixa para trás o carro, o telefone, a televisão e o computador. Tem um potencial implacável de tornar dependente o mais humilde isolado e solitário ser humano, através de sua capacidade  virulenta de multiplicar o seu uso em todas as camadas sociais sem distinção, aspecto este que não se aplica a nenhuma outra tecnologia comparada à dele. Tornar o ser humano dependente dele é sua característica mais marcante, pois ao mesmo tempo em que impõe de maneira escravizante o seu usuário a torná-lo como o único recurso de sua comunicação, oferece a este a ilimitada possibilidade de se comunicar com o mundo. Assim, as pessoas vão se rendendo ao seu apelo, abandonando regras, costumes, atitudes e pensamentos, adotando um novo modo de comunicar qualquer coisa que seja, em qualquer hora ou lugar, jugo do toque da chamada de uma ligação que para tudo ao redor para atendê-lo. Como ex

EPIDEMIA DO CELULAR IX O MOTOQUEIRO

O capacete é um acessório de uso obrigatório na condução de veículo automotor, onde o motociclista tem que utilizá-lo para a sua segurança na eventualidade de um acidente de trânsito. Caso esteja com mais um ocupante em sua motocicleta, o mesmo também terá que utilizar esse equipamento de proteção. Desde sua obrigatoriedade, percebemos um número bastante reduzido de infratores que contrariam essa norma que foi bem incorporada e assimilada. Porém essa assimilação é compreendida dentro de  uma particularidade voltada para tornar sua identidade oculta, enquanto puder, na medida em que ele infringe uma lei ou regra de trânsito. Cada vez mais, vemos indivíduos cometendo crimes no trânsito, utilizando o capacete como alternativa para manter oculta a sua identificação. Mais ainda do que isso, o capacete passou a ter outra utilidade. Assim como o "orelhão" contém em seu interior o aparelho telefônico, o motociclista incorporou o aparelho celular no interior de seu capacete, resolven

EPIDEMIA DO CELULAR VIII O PEDESTRE AO TELEFONE

Cena cotidiana nas vias urbanas, nos deparamos a todo instante com pedestres por todos os lados, utilizando o telefone celular nas travessias das ruas e avenidas. O curioso é que parece que eles estão de uns tempos para cá, entendendo que a faixa de travessia é o lugar mais seguro para poderem falar aos seus celulares sem se preocupar com o veículo que se aproxima. Afinal, disseram para eles que a preferência na faixa é do pedestre, mas não disseram que nas faixas de travessia quando existe o semáforo para pedestres as cores vermelhas simbolizam que eles não podem atravessar e que devem esperar o sinal abrir. E não disseram também que o uso do celular em deslocamento, seja à pé ou dirigindo qualquer veículo é incompatível com o senso de direção e locomoção. Não pensem que nos passeios os transeuntes conseguem se locomover com o telefone celular aos ouvidos (a cada passo eles trocam o aparelho de ouvido) sem obstruir o transitar das pessoas ou sem colidir com várias delas em um único q

SEMANA NACIONAL DO TRANSITO

Acontece todo ano, a Semana Nacional do Trânsito que é uma iniciativa governamental de ações voltadas para a intervenção social no contexto da educação e segurança no trânsito. Limita-se, entretanto, a informar e alertar as pessoas para as tristes estatísticas e tragédias que a nossa realidade produz, num período de pouca significância diante de um quadro avassalador que durante todo o ano acomete a comunidade do trânsito. Uma semana dedicada a produzir poucos efeitos, de pouca intensidade para transformar comportamentos através da auto-crítica e da retomada de consciência coletiva para novos hábitos e atitudes.Somos um país que forma motoristas de baixa qualidade técnica e de quase nenhum conhecimento adquirido e aplicado das regras e normas do trânsito. A todo momento nos deparamos com indivíduos sejam eles pedestres, motociclistas, ciclistas ou motoristas sem nenhuma conduta segura de seus veiculos e de seu transitar, cometendo infrações de todo tipo e colocando suas vidas e as dos

EPIDEMIA DO CELULAR VIII , O TOQUE

A cada dia, aumenta ainda mais o uso de aparelhos eletrônicos na direção veicular. É assustador constatar isso vendo os motoristas falando ao celular, mandando torpedos, consultando o facebook e o twitter ou assistindo a um video do youtube enquanto dirigem. A pergunta do momento: é possível fazer isso dirigindo? A todo instante nos deparamos com um veículo à nossa frente imprimindo uma velocidade reduzida numa via livre e sem retenções; outras vezes nos deparamos com um veículo no semáforo que não arranca depois do sinal ter aberto há 15 segundos atrás; noutras presenciamos avanços de sinais, pedestres em correria na faixa de travessia e  mudanças bruscas de faixa dos veículos ao nosso lado. Esses e outros comportamentos estão ocorrendo nos motoristas motivados pelo uso de seus celulares enquanto dirigem. São condutas cada vez mais comuns e constantes no nosso dia a dia que pioram demasiadamente a qualidade e a segurança de todos da comunidade do trânsito. No momento em que criamos u

EPIDEMIA DO CELULAR VII

Continuo tratando do assunto do uso do celular no trânsito, que reitero: é mais grave do que o uso do álcool na direção e, estou postando o link da matéria realizada pelo Estado de Minas da qual participei. Acesse e leia, dê sua opinião: http://abetran.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=27192&Itemid=2

EU USO ÓCULOS ESCUROS

Nosso mundo atual exige o anonimato como estratégia importante para a segurança pessoal. Qualquer peça de vestuário que possa preservar a identidade é bem aceita. Os travestis que o digam. Os bonés já deixaram há muito, de ser um adorno para proteger a cabeça dos raios solares. Hoje, ajudam a esconder o rosto dos marginais e dos famosos. Mas são os óculos que mais se destacam na arte do disfarce. Sinônimo de elegância, principalmente os de lentes escuras, garantem uma condição segura de observar sem ser notado e de ser notado sem ser identificado. Sejam nos velórios, para disfarçar lágrimas de crocodílo e demonstrar pesar pelo falecido, sejam para observar sorrateiramente alguma coisa de maneira discreta e imperceptivel. Usar óculos escuros tem sempre um motivo particular. Até mesmo os deficientes visuais o fazem! Se voce se deparar com alguem usando um, pode ter certeza de que existe um motivo intencional para tal. Dependendo da ocasião, pode até ser perigoso estar por perto de algué

O ENCONTRO DE NOÉ E DARWIN

DEPOIS QUE O HOMEM DESCEU DAS ÁRVORES E HABITOU AS CAVERNAS, SAIR DE CASA SIGNIFICAVA SOMENTE MATAR OU MORRER. ERA A LEI DA SOBREVIVÊNCIA. DAR UMA VOLTINHA, UM ROLÉ, UM PASSEIO, UM PULO ALI OU, PULAR O MURO, SÓ GANHOU SENTIDO ALGUNS MILHÕES DE ANOS DEPOIS. QUANDO NOÉ RECOLHEU UM CASAL DE CADA ESPÉCIE, NÃO IMAGINAVA QUE RUMO AQUELA VIAGEM TOMARIA E, TALVEZ DARWIN PODERIA EXPLICAR A   EVOLUÇÃO QUE A ESPÉCIE HUMANA TERIA NAQUELA EMBARCAÇÃO QUE ACABOU MISTURANDO TUDO NO EMBALO DAS ÁGUAS. JÁ NAQUELES REMOTOS TEMPOS, DEUS CONCLUIU QUE O HOMEM DEVERIA SER PUNIDO PELOS SEUS MAUS COMPORTAMENTOS. IMAGINEM ENTÃO, QUAL PUNIÇÃO DEVERIA SER DADA AOS HOMENS DE HOJE! MUITO TEMPO JÁ SE FOI. QUANDO SAIMOS DE NOSSAS CAVERNAS DE TIJOLOS E ENTRAMOS EM NOSSAS ARCAS MOTORIZADAS, COLHEMOS PELO TRÂNSITO EM NOSSO CAMINHO, INIMIZADES E DESAFETOS, XINGAMENTOS E DESAFOROS NO EMBALO DO ASFALTO. QUANTAS VEZES SAIMOS ENFURECIDOS E VELOZES, DIRIGINDO AGRESSIVAMENTE CONTRA TUDO E TODOS, IGNORANDO DIREITOS

TROCANDO DE FAIXA

Na década de 80 a METROBEL, órgão que gerenciava o trânsito em Belo Horizonte, resolveu transmitir aos pedestres da capital, noções de cidadania que permitissem o convívio civilizado na comunidade do trânsito. Inseriu agentes nas ruas mostrando aos pedestres a direção que as faixas indicavam para ir e vir, a importância de se atravessar somente nas faixas e a obediência aos semáforos. Para coibir os mais resistentes às mudanças, instalou placas de contenção nas esquinas de várias ruas, direcionando assim os transeuntes rebeldes à travessia segura e correta. Concomitantemente, alertava os motoristas a essas mudanças e, consequentemente a obediência às regras de trânsito. Pois bem, os pedestres se revoltaram contra as medidas, agredindo os agentes da METROBEL e depredaram várias placas de contenção. Restou então à Empresa, acabar com as campanhas e engavetar o projeto de cidadania. Daí até os nossos dias, o pedestre em Belo Horizonte jamais teve um investimento em educação social que o

EPIDEMIA DO CELULAR VI

Resolvi buscar o significado da palavra CELULAR para tentar fazer alguma associação com o que presenciamos no nosso cotidiano.“C elular ”, vem do Latim CELLA, “cela, local fechado, área que faz parte de um conjunto”, que veio de CELLARE, “esconder”. Então podemos afirmar que teria o sentido de enconder-se em local fechado, fechar-se. Quando utilizamos um aparelho de celular, adotamos uma postura de introspecção, de fechamento em si mesmo, de recolhimento a esse momento de comunicação. E, considerando essas possibilidades de conceituação, o que vemos quando uma pessoa está ao celular é isto mesmo! Ela se isola, se desliga do contato ao redor e estabelece tão somente uma prioridade de atendimento exclusivo à conversação. E a relação é de prioridade da chamada mesmo. Seja numa conversa num barzinho, seja durante um beijo apaixonado, seja numa entrevista de emprego, no elevador, numa travessia de rua ou até mesmo dirigindo! Sim, o chamado de um aparelho de celular tem um poder enorme

EPIDEMIA DO CELULAR V

PARE O MUNDO QUE O MEU CELULAR TOCOU!   É assim mesmo, sem exageros, que esse comportamento se repete e se multiplica velozmente, por todo o mundo moderno. Aqui, pelas nossas ruas e avenidas de BH não é diferente. A tecnologia trouxe inovações esplêndidas para nossa evolução, mas cobrou um preço enorme de "dependência social" da qual somos todos, indiscriminadamente, vítimas. Portadores dessas invenções tecnológicas, que "aproxima as pessoas", estabelecemos uma relação de submissão a algumas delas, sem a qual nada somos ou podemos. Imaginem ficar sem o celular durante um dia? O computador travou no escritório, o Tablet descarregou na rua, o GPS não localiza o endereço! Ficar sem luz já é coisa do passado. Acende-se uma vela e pronto! Mas ficar sem um desses aparelhos modernos de comunicação é algo aterrorizante para a maioria de seus usuários. Quando disseram há algumas décadas atrás que o robô substituiria o Homem, poderiam ter dito também que o Homem se t

EPIDEMIA DO CELULAR IV

Retomo novamente esse tema para registrar que pelo mundo afora, as campanhas contra o uso do celular na direção veicular e nas travessias à pé estão ganhando destaque a cada dia. Europa e Estados Unidos têm intensificado medidas para conter esse avanço que se alastra na mesma velocidade da tecnologia que tornou ilimitada a comunicação do homem. As grandes cidades não são os únicos espaços onde as pessoas se desligam do seu meio e se conectam com os sinais digitais. As cidades do interior também estão infestadas desse aparelhinho que teima em fazer parte da inter-relação das pessoas, obstruindo e distanciando o contato direto entre indivíduos. Os amigos de hoje se comunicam cada vez mais pelo celular, seja para contar um acontecimento banal, seja para desabafar uma frustração. As trocas de afetos como as felicitações de aniversário, de casamento, de formatura se dão através de mensagens de texto, escritas com palavras codificadas, sem poesia nenhuma. Pior são as mensagens de conforto, d

JOSÉ CARNEIRO, MÁRTIR DÍGNO DE HONRARIAS

Não gostaria de estar ocupando esse espaço para escrever sobre a morte de José Carneiro, e não vou fazê-lo, apesar de ter que registrar essa fatalidade ocorrida no dia de ontem, na estrada de Nova Lima, em um fatídico acidente de trânsito. José Carneiro não merecida um morte com este contexto dramático. Homem simples, humilde, de fala fácil e de idéias geniosas, Carneiro sempre foi um obstinado pela causa da segurança no trânsito e, especialmente nas estradas. Participante ativo de seminários, congressos, reuniões e tantas outras modalidades de manifestação em defesa da vida no trânsito, sempre foi um interventor inconformado com os rumos das decisões políticas, do modelo de gerenciamento existente para conduzir as transformações e as mudanças necessárias para tornar nossas estradas locais seguros para se transitar. Sua presença incansável nas discussões de segurança, o transformaram numa figura indispensável e prazerosa de se ouvir e conversar. Defensor do projeto que reservava, nos

EPIDEMIA DO CELULAR III

Como já disse anteriormente, para quem não leu, considero o celular mais danoso no trânsito do que o álcool. Pelo menos em relação ao álcool, providências têm sido tomadas para que sejam coibidos os motoristas de cometerem absurda conduta. A tendência é a de que diminua progressiva e permamentemente a estatística de acidentes de trânsito envolvendo motoristas alcoolizados, por todas as medidas finalmente tomadas de verificação da embriaguez por métodos diversos que não tão somente o famigerado "bafômetro" que o "jeitinho brasileiro" reduziu a uma inútil ferramenta que se prestou a servir de nada para a autuação policial. Veremos, nesse período carnavalesco de 2013, como a fiscalização adotará as novas medidas e, esperamos que as autoridades policiais estejam devidamente treinadas e preparadas para as novas abordagens. Porém, no que diz respeito ao celular, teremos que apressar nossas leis para atualizar o quanto antes, as normas de conduta e uso do celular no trâns